quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cada louco com sua mania

O episódio no metrô de São Paulo hoje foi a maior loucura, não a maior delas, mas quase lá.

Entrou um senhor no metrô na mesma estação que eu. O metrô é meio cheio ainda nesta estação, a maioria desce duas estações pra frente e, só aí, é possível sentar. Ao entrar ele esbarrou algo que estava carregando com dificuldade em um outro moço que o encarou sem parar, com um olhar muito profundo e assustador.
O moço que foi atingido pelas carga do senhor estava usando fones de ouvido e tinha uma barbicha bem cumprida, dava até pra fazer trancinhas... O pior é que ele era careca!
O senhor que havia esbarrado nele ficou olhando e pediu desculpas várias vezes, mas o moço não deixou de encará-lo com uma feição muito séria. Cansado de pedir desculpas e sem respostas o senhor colocou um dos pacotes entre suas pernas para segurar, abriu uma das caixas loooooooooooongas que estava carregando e tirou uma lâmpada fluorescente bem cumprida e fina de dentro, começou a fazer gestos como se estivesse lutando ou manuseando uma espada e gritava: Bruce Lee, Bruuuuuuuuuuuce Leeeeeeeeeeeee!!!  Yah, yah, enquanto fazia manobras com uma lâmpada e a caixa de aproximadamente 3 metrôs dentro de um metrô onde a média é de 6 pessoas por metro quadrado no horário de pico. Ele gritava, olhava para o moço e dava risada sem parar. Algumas pessoas ao seu redor começaram a rir também e o moço teve que parar de encará-lo, porque, convenhamos, o senhor tentou pedir desculpas. Ou será que o pessoal tava rindo porque ele confundiu Bruce Lee com Detetive Dee ou, talvez, com Jet Li? Quem é o louco agora?!
Enfim, eles desceram duas estações depois, eu pude parar de desviar das benditas lâmpadas e sentar.